A UNIFAE tem se consagrado, cada dia mais, como formadora de profissionais de destaque no mercado de trabalho. Nas mais variadas frentes, ex-alunos da instituição são protagonistas de atividades sociais muito significativas.
No campo da literatura, eles têm assinado livros, artigos científicos e teses relevantes. Nesta semana, uma das obras assinadas por Hediene Zara, jornalista graduado no Centro Universitário, ganhou status de referência acadêmica.
Isso porque uma das mais importantes empresas do ramo de restauro imobiliário do país, a BoaSP Arquitetos, com sede na capital paulista, enviou representantes a São João, a serviço da Prefeitura. Eles estão se dedicando à prospecção pictórica do prédio do Gabinete.
O imóvel é tombado no patrimônio histórico local e os especialistas estão empenhados na retirada de camadas de tintas que foram aplicadas nas paredes ao longo do tempo para que descubram quais foram os tons originais da pintura da época da construção.
Para uma melhor concepção do processo, os arquitetos buscaram conhecer a história do prédio e, assim, chegaram à obra de Hediene Zara, que hoje é professor de Interpretação de Texto e de Redação: “Em 2020 me inscrevi num edital do ProAC (Programa de Ação Cultural) e fui selecionado para escrever um livro sobre os bens tombados na cidade. O resultado está na obra ‘História que salta aos olhos’, que conta os pormenores de cada imóvel chancelado pelo Condephic (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural e Ambiental)”, explicou o autor.
IMÓVEL TOMBADO – Em um dos capítulos está a história do prédio que passa pela prospecção pictórica.
O atual Gabinete do Poder Executivo foi, a princípio, projetado para ser a residência de Gabriel de Azevedo Junqueira. O imóvel, porém, não teve sua construção original terminada, em razão do falecimento de Olímpia, esposa do proprietário, em 1940. Em 1942, o então prefeito Henrique Cabral de Vasconcelos negociou a compra do imóvel pela Prefeitura. “Na época, não havia um gabinete exclusivo para o prefeito. Ele dividia espaço com a Câmara de Vereadores, no edifício número 204 da rua São João, onde, atualmente, funciona o Senac”, observou Zara.
Com o sucesso da negociação, o Executivo ficou com o prédio, que conta com a sala em que hoje trabalha a prefeita Maria Teresinha de Jesus Pedroza, além de um salão nobre para reuniões, três sacadas, oito salas para o funcionalismo, cinco banheiros, cozinha, uma despensa e estacionamento para 13 carros e 10 motocicletas.
Em 2021, a prefeita Teresinha deu início ao processo nº 5732, junto ao Condephic, para restauração dos vitrais e de diversos detalhes arquitetônicos, desde a construção original.
“O livro, com certeza, irá contribuir não só com a nossa profissão, como também na elaboração do laudo no qual estamos trabalhando. O texto é uma referência acadêmica credenciada para balizar os interesses de restauro e preservação deste e de outros imóveis”, observou o arquiteto Vinícius Oliveira, que é mestre em preservação.
A obra “História que salta aos olhos” é rica em fotos antigas e em imagens atuais, assinadas pelo também professor Nilton Queiroz (que foi docente da UNIFAE).
“A edição impressa praticamente se esgotou, ainda no mês do lançamento. Por isso, para fomentar o sentimento preservacionista e facilitar o acesso da população a este conteúdo, o livro foi colocado, em formato digital e está disponível para download no site da Prefeitura”, finalizou Hediene Zara.
Interessados podem baixar a obra “História que salta aos olhos” clicando no link: https://saojoao.sp.gov.br/cidadao/historia-dos-bens-tombados.