Diego de Deus, aluno do oitavo período de Jornalismo da UNIFAE, foi aprovado no Mestrado em Ciências da Comunicação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), um dos mais concorridos do Brasil. A nota capes (qualificadora do programa de pós-graduação) da Universidade é de 6, o que significa produção científica relevante no cenário internacional.
Além disso, o estudante também passou na primeira etapa do processo seletivo da USP (Universidade de São Paulo) e aguarda as últimas duas etapas: entrevista e nota do projeto de pesquisa.
A linha de pesquisa que Diego se candidatou, “Processos Comunicativos e Práticas Sociais”, contava com dezenas de concorrentes nas fases iniciais do processo seletivo da UFMG. Por fim, 15 projetos de pesquisa foram aprovados para a fase final, que se baseou em uma entrevista acerca de conhecimentos voltados à autores pertinentes à linha de pesquisa, assim como o domínio metodológico e teórico da pesquisa que o estudante propôs a realizar.
“No total, eram cinco vagas na ampla concorrência para 15 candidatos na UFMG, e tive a felicidade de ter o meu projeto de pesquisa aprovado entre os cinco finais”, destaca De Deus.
Ele conta que a relação com a pesquisa surgiu em meio a pandemia. “Já havíamos estudado noções básicas do método científico. Em julho de 2020, abriu o edital de bolsa científica da UNIFAE. Depois de uma conversa com o professor Adinan, montamos a proposta de uma pesquisa experimental que se debruçou acerca de como professores e alunos de escolas públicas lidam com o fenômeno da desinformação (popularmente, fake news). A pesquisa foi feita em escolas da nossa cidade natal, Botelhos-MG”.
Segundo o pesquisador, a temática é extremamente relevante nos dias atuais, mas que ainda é pouco explorada, sobretudo, junto a jovens que possuem acesso a uma infinitude de meios tecnológicos comunicacionais e o trato que os professores possuem acerca do assunto na perspectiva educacional.
“De fato, é um pouco raro alunos saírem direto da graduação para o mestrado, geralmente procuram por uma especialização para o mercado de trabalho. Todavia, me vejo e desejo seguir também na área acadêmica. Por isso, decidi dar este passo antes da graduação”, declara Diego.
APOIO DO PROFESSOR – O Prof. Dr. Adinan Nogueira foi o grande responsável por orientar e acompanhar toda a caminhada do futuro jornalista. Emocionado e muito feliz pelo orientando, Nogueira explica que o projeto para o Mestrado envolve pesquisa científica e atividades extensionistas. “Ele tem um esforço que o impulsiona na carreira que ele escolher. Acho um ótimo exemplo para os nossos alunos entenderem que depende muito deles o que quiserem fazer e ser. É um orgulho para todos nós”, destaca.
Além disso, este projeto de pesquisa também possui um viés extensionista, pois propõe uma intervenção no futuro: elaborar, com instituições acadêmicas, legislativas e mesmo judiciárias, um ‘Currículo de Enfrentamento à Desinformação e de Educação Midiática’ para ser apresentado e implantado em escolas de cidades, não somente da região, mas de todo o país. “Haverá o desenvolvimento e produção de conteúdo que será utilizado como ferramenta de intervenção durante o estudo para ajudar no ensino e na habilidade dos alunos na identificação de fake news. A partir destas intervenções haverá a aplicação de pesquisa para verificar a evolução dos alunos com relação à desinformação”, diz De Deus.
Por enquanto, os frutos deste estudo são duas publicações em revistas científicas: Qualis B2 (de alta qualidade, classificando estudos de relevância nacional), publicação em capítulo de livro, além de participações e apresentações em eventos importantes da área de comunicação, como o Intercom e encontros virtuais da ABCiber. O aluno relata que todas as publicações e experiências científicas, com discussões com grupos de pesquisas e professores da área, foi um importante fator para sua aptidão ao mestrado da UFMG.
O Mestrado dará continuidade ao estudo exploratório, feito em Botelhos. Trata-se de uma pesquisa experimental: a proposta é realizar um diagnóstico microrregional dos níveis de habilidades que professores e alunos, de escolas públicas de ensino médio, de 10 cidades no Sul de Minas e Centro-Leste Paulista, possuem na identificação de desinformação e as competências em verificar informações, aparentemente duvidosas, pelos meios digitais. De Deus diz ainda que há possibilidade de a pesquisa também ser feita no Rio de Janeiro, por meio de uma parceria com a Lupa, principal agência de enfrentamento à desinformação no Brasil e uma das maiores da América Latina.
O estudante apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o videodocumentário “Democracia da Desinformação”, no último dia 16 de novembro, ao lado do colega Edvaldo dos Santos, no auditório da UNIFAE.
“Agradeço imensamente a todos que estiveram do meu lado, ao professor Adinan, que me desafia constantemente a buscar pelas publicações, posto a importância que isto teria no meu ingresso ao Mestrado. E a minha família. Lembro-me das dificuldades de acesso à internet, para conversar com o professor acerca da pesquisa de Iniciação Científica, uma vez que eu morava na roça, ajudando minha família na colheita de café, e lá não havia sinal. Por isso, era necessário eu caminhar cerca de oito quilômetros para subir um morro, onde a internet era instável. Contudo, vejo que tudo valeu a pena e, agora, o próximo passo é retribuir toda a confiança que todos depositaram sobre o meu trabalho”, finaliza o jornalista.
Diego de Deus, aluno do oitavo período de Jornalismo da UNIFAE, foi aprovado no Mestrado em Ciências da Comunicação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), um dos mais concorridos do Brasil. A nota capes (qualificadora do programa de pós-graduação) da Universidade é de 6, o que significa produção científica relevante no cenário internacional.
Além disso, o estudante também passou na primeira etapa do processo seletivo da USP (Universidade de São Paulo) e aguarda as últimas duas etapas: entrevista e nota do projeto de pesquisa.
A linha de pesquisa que Diego se candidatou, “Processos Comunicativos e Práticas Sociais”, contava com dezenas de concorrentes nas fases iniciais do processo seletivo da UFMG. Por fim, 15 projetos de pesquisa foram aprovados para a fase final, que se baseou em uma entrevista acerca de conhecimentos voltados à autores pertinentes à linha de pesquisa, assim como o domínio metodológico e teórico da pesquisa que o estudante propôs a realizar.
“No total, eram cinco vagas na ampla concorrência para 15 candidatos na UFMG, e tive a felicidade de ter o meu projeto de pesquisa aprovado entre os cinco finais”, destaca De Deus.
Ele conta que a relação com a pesquisa surgiu em meio a pandemia. “Já havíamos estudado noções básicas do método científico. Em julho de 2020, abriu o edital de bolsa científica da UNIFAE. Depois de uma conversa com o professor Adinan, montamos a proposta de uma pesquisa experimental que se debruçou acerca de como professores e alunos de escolas públicas lidam com o fenômeno da desinformação (popularmente, fake news). A pesquisa foi feita em escolas da nossa cidade natal, Botelhos-MG”.
Segundo o pesquisador, a temática é extremamente relevante nos dias atuais, mas que ainda é pouco explorada, sobretudo, junto a jovens que possuem acesso a uma infinitude de meios tecnológicos comunicacionais e o trato que os professores possuem acerca do assunto na perspectiva educacional.
“De fato, é um pouco raro alunos saírem direto da graduação para o mestrado, geralmente procuram por uma especialização para o mercado de trabalho. Todavia, me vejo e desejo seguir também na área acadêmica. Por isso, decidi dar este passo antes da graduação”, declara Diego.
APOIO DO PROFESSOR – O Prof. Dr. Adinan Nogueira foi o grande responsável por orientar e acompanhar toda a caminhada do futuro jornalista. Emocionado e muito feliz pelo orientando, Nogueira explica que o projeto para o Mestrado envolve pesquisa científica e atividades extensionistas. “Ele tem um esforço que o impulsiona na carreira que ele escolher. Acho um ótimo exemplo para os nossos alunos entenderem que depende muito deles o que quiserem fazer e ser. É um orgulho para todos nós”, destaca.
Além disso, este projeto de pesquisa também possui um viés extensionista, pois propõe uma intervenção no futuro: elaborar, com instituições acadêmicas, legislativas e mesmo judiciárias, um ‘Currículo de Enfrentamento à Desinformação e de Educação Midiática’ para ser apresentado e implantado em escolas de cidades, não somente da região, mas de todo o país. “Haverá o desenvolvimento e produção de conteúdo que será utilizado como ferramenta de intervenção durante o estudo para ajudar no ensino e na habilidade dos alunos na identificação de fake news. A partir destas intervenções haverá a aplicação de pesquisa para verificar a evolução dos alunos com relação à desinformação”, diz De Deus.
Por enquanto, os frutos deste estudo são duas publicações em revistas científicas: Qualis B2 (de alta qualidade, classificando estudos de relevância nacional), publicação em capítulo de livro, além de participações e apresentações em eventos importantes da área de comunicação, como o Intercom e encontros virtuais da ABCiber. O aluno relata que todas as publicações e experiências científicas, com discussões com grupos de pesquisas e professores da área, foi um importante fator para sua aptidão ao mestrado da UFMG.
O Mestrado dará continuidade ao estudo exploratório, feito em Botelhos. Trata-se de uma pesquisa experimental: a proposta é realizar um diagnóstico microrregional dos níveis de habilidades que professores e alunos, de escolas públicas de ensino médio, de 10 cidades no Sul de Minas e Centro-Leste Paulista, possuem na identificação de desinformação e as competências em verificar informações, aparentemente duvidosas, pelos meios digitais. De Deus diz ainda que há possibilidade de a pesquisa também ser feita no Rio de Janeiro, por meio de uma parceria com a Lupa, principal agência de enfrentamento à desinformação no Brasil e uma das maiores da América Latina.
O estudante apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o videodocumentário “Democracia da Desinformação”, no último dia 16 de novembro, ao lado do colega Edvaldo dos Santos, no auditório da UNIFAE.
“Agradeço imensamente a todos que estiveram do meu lado, ao professor Adinan, que me desafia constantemente a buscar pelas publicações, posto a importância que isto teria no meu ingresso ao Mestrado. E a minha família. Lembro-me das dificuldades de acesso à internet, para conversar com o professor acerca da pesquisa de Iniciação Científica, uma vez que eu morava na roça, ajudando minha família na colheita de café, e lá não havia sinal. Por isso, era necessário eu caminhar cerca de oito quilômetros para subir um morro, onde a internet era instável. Contudo, vejo que tudo valeu a pena e, agora, o próximo passo é retribuir toda a confiança que todos depositaram sobre o meu trabalho”, finaliza o jornalista.