Há 35 anos atrás, exatamente no dia 18 de maio de 1987, trabalhadores da saúde mental realizaram um encontro, na cidade paulista de Bauru. Foi ali que se definiu a data como um dia nacional de lutas e que se discutiram as bases de uma proposta de reforma no sistema psiquiátrico brasileiro.
Tendo o assunto como pauta muito importante, os cursos de Psicologia, Enfermagem e Farmácia da Unifae participaram de um evento especial. Trata-se de palestras voltadas ao tema antimanicomial. “Álcool e drogas: uma visão do cuidar no contexto pós-pandemia” aconteceu no auditório do Centro Universitário, na última quarta-feira (18).
A coordenadora de Enfermagem, Profa. Dra. Giovanna Jorgetto, deu as boas-vindas ao evento, introduzindo o assunto da noite. Logo após, a coordenadora de Psicologia, Profa. Dra. Betania Alves Dell Agli, apresentou um pouco mais da Dra. Nise da Silveira, figura importante que ajudou a escrever e revolucionar a história da psiquiatria no Brasil e no mundo. Nascida em Maceió, Alagoas, ela ficou conhecida por humanizar o tratamento psiquiátrico e era contrária às formas agressivas usadas em sua época, como o eletrochoque. A médica Nise quebrou padrões e se tornou a pioneira da reforma psiquiátrica e luta antimanicomial no Brasil.
A primeira convidada da noite, a terapeuta holística Marisa Mariani de Oliveira Pelizer, subiu ao palco para ministrar sobre as práticas integrativas no contexto do cuidar da saúde mental. Complementando o conteúdo, o psicólogo Kessiley Alyssin Correa Ferreira discursou a respeito do uso abusivo de álcool e drogas, com fatores de prevenção e tratamento.
Vale lembrar que o Movimento da Luta antimanicomial defende que o indivíduo tenha o direito fundamental à liberdade, de viver em sociedade, de receber cuidado e tratamento sem que perca o lugar de cidadão. Em 2001, lei que determinava ‘sociedade sem manicômios’ deu início à Reforma Psiquiátrica no Brasil.