Alunos de Publicidade aprendem que propaganda não é só vender. Os alunos do 3º ano tiveram uma experiência diferente em 2005, na disciplina de Rádio, TV e Cinema, orientado pelo professor Jose Carlos Sibila, que é formado em cinema pela FAAP. O projeto passado aos alunos era montar um vídeo com tem associais, que tivesse de 30 a 60 segundos e que passasse uma mensagem de reflexão sobre o assunto abordado.
“A ideia inicial era mostrar aos alunos como é trabalhoso o processo de construção de um vídeo, e como – com poucos recursos e superando as limitações dos acadêmicos- é possível realizar um ótimo trabalho”, explicou.
Segundo o professor Sibila, no começo os alunos não colocaram muita fé e não se empenharam tanto. “Na verdade, não achavam possível que saísse um trabalho legal. No final, foram eles mesmos que se surpreenderam com temas como dependência química, neuróticos de guerra e valorização da vida, atingindo de uma maneira muito boa todos os objetivos. Os alunos realizaram tudo. Tiveram de procurar material, personagens, tudo que tivesse algum envolvimento com o trabalho era responsabilidade deles”, disse. Ainda segundo Sibila, umas das maiores dificuldades foi encaixara ideia ao tempo disposto de 30 segundos. Tempo curto para explicar a ideia, apresentar o tema, contar a história, e finalizar. “Não se fazem perfumes em grandes frascos, só se faz essência. Os 30 segundos de um vídeo são a essência”.
No final, os estudantes vivenciaram a realidade de uma produção, a elaboração da ideia, a distribuição do trabalho, o tempo restrito, os imprevistos e tudo mais que pode acontecer, numa experiência nova que abre mais um leque dentro da profissão do publicitário. Professor Sibila, a paixão pelo cinema. Aos 57 anos, natural de São João da Boa Vista, José Carlos integra o corpo docente do Unifae e é literalmente apaixonado pelo cinema. Concluiu o curso na FAAP em São Paulo, no ano de 1968.
No mesmo período, fez ocurso de Artes Dramáticas. Ganhou uma bolsa para estudar cinema na França, e não pensou duas vezes. Foi para estudar, mas após arrumar um emprego na área, dispensou a bolsa e ficou por lá mais quatro anos. Retornou ao Brasil após esse período e foi trabalhar nas emissoras de tevê aberta da época: Cultura, Rede Bandeirantes e Record, foram algumas delas. Atuou em dois longas metragem. Num, como diretor e outro como assistente de direção. Sibila também atuou em campanhas publicitárias, num envolvimento constante com a área.
Sua paixão começou cedo. “Penso que a profissão nasceu comigo. Quando era criança montava duas cadeiras. Colocava um pano de prato molhado sobre as duas e, atrás dessa estrutura improvisada acendia duas velas. Ficava como uma tela e a gente brincava com os personagens de sombra”, lembra.
O professor contou ainda outra experiência que contribuiu para fortalecer o cinema na sua vida. Sua avó ensinava teatro a pessoas da zona rural, e elas não sabiam ler. Então, lia as falas para eles até decorarem e poderem encenar. Pode-se dizer que a profissão teve raízes na família.
Cláudia Pereira
Acadêmica Extensionista
Camilo Barbosa
Professor Orientador