Estudantes da UNIFAE utilizam Campanha Maio Amarelo para conscientizar motoristas
A cada hora, quatro pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil. Números tão elevados levam os estudantes de Medicina da UNIFAE a realizar, anualmente, ações de conscientização junto à comunidade.
As atividades ficam a cargo dos componentes das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Geral e Trauma (LIACGT) e de Urgência e Emergência (LIAUE) e ocorrem no quinto mês do ano, durante a Campanha Maio Amarelo, que visa chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
Neste ano, excepcionalmente, em razão da pandemia de COVID-19 e da recomendação do isolamento social, parte das ações não puderam ocorrem. A boa notícia é que a circulação reduzida, provocou uma expressiva redução dos acidentes de trânsito, principalmente nas rodovias. Embora vidas estejam sendo preservadas, infelizmente esta queda é transitória e, na opinião de especialistas, nada tem a ver com o desenvolvimento de uma consciência preventiva e de segurança por parte do cidadão. Reflete, tão somente, menos carros em circulação. Por esta razão, os futuros médicos fizeram questão de enfatizar a importância de atenção redobrada no trânsito.
“A prevenção primária é a forma mais efetiva de diminuir os danos. O programa Maio Amarelo vem no sentido de prevenir acidentes principalmente entre indivíduos de 20 a 29 anos, que é a faixa etária predominante entre os alunos da UNIFAE”, destacou Thaís Arabe do Prado, aluna do sétimo semestre e presidente da LIAUE.
Além de um trânsito mais seguro, ações junto à população também proporcionam desenvolvimento profissional para os graduandos. “Tal interação médico-sociedade é fundamental para que ambos possam cumprir com excelência seu papel. Nada melhor que isso se inicie ainda dentro do ambiente acadêmico”, afirmou Eduardo Bittencourt, do sétimo semestre e presidente da LIACGT.
Eduardo ainda explicou o motivo que leva as Ligas a propor eventos e ações de conscientização: “Geralmente são as especialidades de emergência, trauma e cirurgia que atuam na linha de frente no atendimento de acidentes, tanto no ambiente intra como extra-hospitalar. Os médicos destas áreas são preparados para lidar com situações em que o tempo é crucial e cada segundo faz a diferença. Além do fato que, quando atuamos na equipe de resgate pré-hospitalar, temos de lidar com ambientes hostis e recursos escassos”.
Thaís concorda com o colega e vai além, enfatizando que especialização médica nestas modalidades é fundamental: “Não pode ser de outra forma, para que o paciente com traumatismos múltiplos receba o tratamento mais efetivo possível, visando que os danos agudos ou residuais afetem o mínimo possível a sua qualidade de vida.”