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Fake news também faz mal à saúde

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Em palestra online oferecida pela UNIFAE, especialista orienta como reconhecer notícias que distorcem a verdade, promovendo a desinformação e o caos

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as fake news estão entre as grandes vilãs que atuam contra a qualidade de vida no mundo, tendo contribuído para a baixa imunização global e para a volta de doenças que tinham sido erradicadas, como febre amarela e sarampo.

Se antes da pandemia da Covid-19 elas já causavam estrago considerável, com a chegada do novo coronavírus, as falsas notícias têm explorado o pânico e levado milhões de pessoas a acreditar em fórmulas mágicas, medicamentos ou tratamentos ineficientes.

Com o objetivo de difundir boas práticas e trazer à comunidade informações sobre o tema, os cursos de Fisioterapia e Jornalismo da UNIFAE, em parceria com a ABCIBER (Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura), promoveram uma palestra online sobre “O impacto das fake news na saúde”.

Realizado no último dia 11 de maio, além de professores e alunos da Instituição, o evento contou com a presença da ilustre jornalista e pesquisadora Adriana Teixeira, que tem dedicado parte de sua carreira ao combate à desinformação. Doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela esclarece que as fakes news não são notícias meramente equivocadas, mas deliberadamente construídas com intuito de distorcer a verdade.

“A expressão surgiu no final do século XIX, quando veículos de imprensa norte-americanos produziam notícias falsas na disputa pela audiência. Inicialmente, usavam a expressão false. Com o passar do tempo essa palavra foi substituta por fake, para levar a um conceito de notícia fabricada”, afirmou a pesquisadora.

Segundo seus estudos, as notícias falsas trabalham com a simplificação do real: “É como se exigissem menos para a compreensão da realidade, no entanto, elas têm um peso ideológico e moral ligados a quem as escreve. Por exemplo, é muito mais fácil fazer acreditar que os imigrantes latinos são os culpados pelo desemprego nos Estados Unidos do que levar à reflexão sobre as origens e os efeitos da desigualdade social.”

Outro ponto que Adriana destacou foi o fato de a informação não ser mais produzida apenas pelos grandes veículos de informação, mas também pelos usuários das novas tecnologias, como Whatsapp, Facebook, Twitter, entre outros. Em 2018, somente nas redes brasileiras, tinham sido criadas cerca de 127 milhões de contas no Facebook e 120 milhões no Whatsapp. Também é preciso levar em conta que, segundo os dados levantados pela jornalista, 66% dos brasileiros com internet buscam informações nas redes.

COMO SE PREVENIR CONTRA AS FAKE NEWS – “Falando de Brasil, creio que precisamos de uma educação para as mídias. O brasileiro precisa ser preparado para aprender a navegar e reconhecer os indícios de uma notícia falsa, evitando a sua proliferação. “

Para isso, afirma a pesquisadora, é de fundamental importância que as pessoas entendam como elas surgem, tenham um olhar crítico na hora da leitura e adquiram  o hábito de consultar agências checadoras:

 “Todos os dias dou uma olhada nestes sites que identificam as notícias falsas, porque me interesso muito em saber que padrão os fabricantes de informações enganosas estão adotando e quão sofisticados estão seus mecanismos para interferir na conduta das pessoas”.

Ela ainda lembra que nos Estados Unidos algumas universidades ensinam como produzir fake news. “Eles entendem que desta forma os estudantes vão saber identificá-las rapidamente nas redes sociais. No Brasil, especificamente na área da Saúde, o Governo Federal disponibilizou, recentemente, o site www.saude.gov.br/fakenews, onde é possível encontrar várias postagens que desmentem as notícias falsas.”, finaliza Adriana.

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